quarta-feira, 27 de junho de 2007

Hiperliberdade

Se Deus se nos revelasse totalmente, se pudéssemos conhecê-lo plenamente, então não poderíamos deixar de o amar.

Afirma o padre Abbé Pierre. Com efeito se Deus se revelasse na sua plenitude, não precisaríamos mais de ter fé. Estaríamos “condenados” a amá-lo! Seria como se Deus satisfizesse uma necessidade pessoal: a de ter o nosso amor incondicional.

Mas escutemos ainda Abbé Pierre:

Foi por isso que Ele preferiu criar-nos, ocultando-se de nós. Não podemos conhecê-lo senão de modo indirecto. É esta parte de obscuridade que necessita da fé.
Toda a grandeza do homem é poder amar a Deus na fé, sem lhe tocar, sem o ver e sem o conhecer directamente. Então a sua liberdade é total.

A força que este Deus, que se deu a revelar, nos confere é esta lógica subtil, aparentemente frágil, mas tão consistente, que somos capazes de descortinar quando estudamos os assuntos do seu Mistério.
Fascínio máximo, por não ser estática e permanentemente se renovar em nós!


in Porquê, Meu Deus? Edições D. Quixote

4 comentários:

Ver para crer disse...

DEus quis criar-nos livres. Com possibilidade de optarmos. De outro modo, não tinha mérito a nossa opção

Elsa Sequeira disse...

Na nossa Liberdade que escolhamos sempre ama-L'O!!!

Anónimo disse...

É nas dificuldades que vemos a força da nossa liberdade de escolher o amor de Deus.

Catequista disse...

E fez-nos à Sua semelhança, por isso O encontramos em cada irmão...

Um abraço