terça-feira, 31 de julho de 2007

O papel do justo.

Por intercessão de Abrão dez justos teriam salvo Sodoma.

Sejamos nós um desses justos, e estaremos presentes na oração de todos e isso multiplicará o fruto das nossas boas acções.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

O Senhor apareceu a Abraão

O Senhor apareceu a Abrão (Gen 18,1-5)... Abrão ergueu os olhos e viu três homens de pé em frente dele... e disse Meu Senhor... e eles responderam: Faz como disseste.

O padre Daniel de Vila Chã de Sá (Viseu) ofereceu-nos uma interpretação muito pessoal desta passagem. Partindo do seu sentido alegórico, o pão e o vitelo não estariam logo prontos para serem servidos quase de imediato, o padre Daniel, vê nestes três homens os três momentos da nossa vida: passado, presente e futuro. Abraão sabe que só alimenta o futuro, se cuidar também do passado (as leis) e do presente mantendo-se puro e temente a Deus.

Confesso que me perco nesta passagem, mas uma coisa sei: o Senhor apareceu a Abraão e decidiu fazê-lo sobre a presença de três homens, a quem Abraão se dirigia como se de um só se tratasse e que lhe respondiam em uníssono. E de tudo isto se guardou memória e se passou a escrito, para hoje nos ser transmitido.

Quase 2000 anos depois o Senhor se manifestou aos homens através do seu Filho, dando-nos a conhecer o mistério da Santíssima Trindade e de tudo isso não retiro eu coincidências...

sábado, 21 de julho de 2007

O papel de Marta.

Quantos de nós não desempenhamos este papel? Lembro-me de uma vez quando o grupo da Fraternidade Anizan animou a eucaristia: antes da cerimónia precipitámo-nos num sem número de afazeres para que tudo saísse bem. No fim, uma senhora deu-nos os parabéns e com um sorriso pediu-nos para que da próxima vez, não nos esquecêssemos que muitos chegam antes da cerimónia, para terem um momento de oração ou para simplesmente estarem com o Senhor.

É claro que na Igreja nem todo o trabalho é de anúncio, muito desse trabalho é de preparação, rotina e até burocrático. Alguém o tem que fazer e aos leigos cabe uma parte, porque também fazemos parte desta Igreja e porque devemos libertar o presbítero para a sua missão pastoral, mas em tudo, temos que colocar o nosso foco no que é essencial: o anúncio, a oração e o louvor ao Senhor.

Como seria bom ter sempre presente o ensinamento do Evangelho deste Domingo.

domingo, 15 de julho de 2007

O Bom Samaritano

Só conhecemos o Deus que se deu a revelar.

Muitos dos que estudam o Mistério de Deus questionam se o homem, por si só, é capaz de conhecer a Deus. Mas todos chegam à conclusão que por si só o homem não consegue um conhecimento isento de erro.

Através de que religião falou Deus ao coração do bom samaritano? Um homem descia de Jerusalém para Jericó; muitos de nós iniciamos esta viagem, em plano descendente, afastando-nos da casa do Senhor em direcção às delícias terrenas. Atravessamos desertos e estradas bordejadas de cavernas onde todos os perigos se escondem. Fixamo-nos no oásis prometido no fim da estrada. Nem todos lá chegamos, como este homem que descia a Jericó.

Através dos tempos os homens trilharam este caminho e Deus veio em seu auxílio, falando-lhes através de outros homens, na sua própria língua. Cristo, o seu Filho, foi Deus em discurso directo: o Verbo que encarnou.

Não importa em que língua, contexto ou religião O descobrimos, mas o caminho tem que ser em plano ascendente, em direcção à verdade e essa verdade está em Cristo.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

As minhas 7 maravilhas.

Recebi da Fá Menor o desafio de enumerar as minhas 7 Maravilhas. Exercício difícil, pois se o Senhor fez maravilhas, como as posso reduzir a sete? Se setenta vezes sete seria um número demasiado curto para as cantar… e ainda mais escasso o meu talento para tal. Mas um peregrino faz da sua vida um desafio a cada dia, por isso:

  • Escutá-Lo onde e quando Ele se manifesta.


  • Ler a Sua palavra.


  • Escutar a Sua palavra no seio dos meus irmãos.


  • Falar Dele aos que ficam sensíveis à Sua mensagem de amor, mesmo quando julgam ser outra a fonte.


  • Estender uma mão amiga sem dar por isso.


  • Gritar aos quatro ventos que sou mais feliz por O ter reencontrado.


  • Este blog e todos os peregrinos que por aqui colhem ou deixam algo.



  • Passo o desafio a quem o quiser apanhar.

    sábado, 7 de julho de 2007

    À Direita de Deus

    Onde está uma mão, não está a outra. Uma pode-se sobrepor à outra, ou estar por baixo, mas excluem-se mutuamente.

    O mal e o bem também se excluem mutuamente. Mas do mal, pode-se dizer que é a ausência do bem, o mesmo não se pode dizer da mão direita, que não é a ausência da esquerda, ou vice-versa.

    Na leitura de hoje, o profeta Isaías anunciava que a mão do Senhor se manifestará em favor dos seus servos.

    Saramago dizia a Sete Sóis, que Deus era maneta da mão esquerda, como ele, pois ninguém se sentava à sua esquerda. Típico dos que, não tendo fé, lêem as Sagradas Escrituras, e aí não encontram o Deus que se deu a revelar aos homens.

    Uma mão chega para fazer uma carícia, que nos conforta a alma, uma mão chega para acudir a alguém em desespero e se essa for a mão de Deus, muito mais poder terá. Talvez por isso, pela história da Salvação, Deus se manifesta ao homem com uma só mão, acompanhado só à sua direita, porque isso basta aos que têm fé e confunde os que questionam estas coisas.

    Deus enviou-nos o seu Filho que crucificámos de ambas as mãos, porque nestas coisas não gostamos de deixar uma mão solta; parece que aos homens são precisas ambas as mãos, que Deus na sua infinita sabedoria lhes concedeu. Se tudo isto faz sentido porque estamos aqui a discuti-lo?

    segunda-feira, 2 de julho de 2007

    A Obra.

    O critério universal para vocação Cristã está no mandamento de Cristo: Amai-vos uns aos outros.

    Recordou na sua Homília, D. Ilídio Pinto Leandro, Bispo de Viseu, momentos antes de inaugurar a Unidade de Vida Protegida, Padre Damião, uma das últimas peças da fantástica obra social que o pároco local tem realizado.

    Esta obra social, de apoio aos mais desfavorecidos e doentes, tem contado com o apoio da Associação Mãos Unidas.

    Está de parabéns uma comunidade que elege como sua prioridade o apoio aos desfavorecidos, precisamente aqueles, que na óptica desta sociedade subordinada ao sucesso económico, estão legitimamente excluídos.

    Esta é uma dimensão pastoral da Igreja, em que os leigos devem colher da liderança do seu pároco, para, como frisou o Sr. Bispo, o libertar para a missão de evangelizar e de celebração.