segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Entre o escândalo e a conversão.

Einstein disse que Deus é subtil.

E realmente só um Deus subtil criaria um Universo tão vasto e complexo, para num grãozinho, num ínfimo ponto chamado Terra, rodeado de milhões de outros seres, lá colocar o único destinatário da Sua revelação, o único ser destinado ao Seu conhecimento.

Maior subtileza não poderia existir!

E estamos sempre a baralharmo-nos, todos os dias a sermos testados ou a ser maravilhados:
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,773909,00.html

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Apelo pelo Darfur

Escutando as vozes dos outros, porque muito sofrimento inocente também é uma forma de rezar.

http://eu-estou-aki.blogspot.com/2007/08/junta-as-tuas-mospor-esta-causa.html

Junta a tua voz...

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

O trevo de quatro folhas.

Na liturgia do XX Domingo do tempo comum, Cristo anuncia-nos: «Eu vim trazer o fogo à terra e que quero Eu senão que ele se acenda?”

Para o padre José Miguel, este é um Cristo que nos interpela, como sempre o fez, e nos convida a tomar uma posição: será a Cruz motivo de escândalo ou vemos nela a salvação?

O que tem o trevo de quatro folhas a ver com tudo isto?

Muitos fazem o percurso da rotura buscando no conhecimento a evidência de que o mundo (e Deus) é regulado por leis naturais, como defendia Espinosa.

Deparam com a harmonia com que o universo se constrói e constatam nela a evidência de que tudo na natureza segue uma lei natural, sempre presente, uma vez que tudo resulta de um estágio mais simples que vai evoluindo. Deste modo encontramos as mesmas leis e relações em seres simples e complexos, do átomo às galáxias.

Nisto entra a sequência de Fibonacci e a razão de ouro, já conhecidas pelos Egípcios. A natureza na sua busca pela simetria que distribui melhor o peso e portanto ajuda a crescer e a manter-se de pé, parece seguir estruturas que obedecem a esta sequência e à razão dourada. O número de pétalas é invariavelmente um número desta sequência. Por isso posso dizer que não existe o trevo de quatro folhas, uma vez que o quatro não faz parte desta sequência.

Mas num universo que explodiu em vida, em obra criada, inerte ou animada, da mais variada, porquê a omnipresença de uma regra tão simples?

Os pintores renascentistas anteciparam os actuais cirurgiões plásticos no uso da razão dourada para dar realismo e harmonia, desde a composição ao rosto humano. A simetria deixa de ser a chave.

Para que o universo se criasse e se expandisse não precisava de harmonia, algo que parece só se revelar ao olho humano.

Mas é algo presente, que não é fruto do acaso, como aquela pincelada que atesta a autoria do pintor, mais do que qualquer assinatura. Esta harmonia surge como se o Criador quisesse lá deixar de forma indelével a Sua marca, mas tão subtil que nos deixa sempre margem para o sim e para o não. Só a fé pode desempatar.

Como nos recorda o padre José Miguel, o conhecimento conduz-nos à ternura.

E tudo isto é motivo de escândalo?

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

As mais belas histórias de amor...

Eva tomou o fruto, “comeu dele e deu dele ao seu marido que estava junto dela e ele também comeu” (Gn 3,6).Tudo isto a uma velocidade arrepiante. A partir desse instante, já não é apenas o amor que reina entre eles, mas a conivência e a cumplicidade, ligações suspeitas que unem os malfeitores.

Lúcifer experimenta o maior prazer da sua carreira demoníaca, porque este momento contém o gérmen do mal que vai atacar o futuro. O diabo imagina com volúpia o passar dos séculos, os milhões de criaturas humanas parecidas com este casal que ele leva à perdição, que todos os dias comerão, devorarão, engolirão o fruto proibido. Vê estes milhões sempre à imagem, é claro, mas cada vez menos à semelhança de Deus, porque é a Lúcifer que se vão assemelhar os milhões de milhões que povoarão a Terra – e enquanto restar um pingo de semelhança, uma centelha divina nesta humanidade, Satanás não abandonará a sua presa.

“Os seus olhos abriram-se” (Gn 3,7) porque Lúcifer mantém sempre as suas promessas pelo menos em parte. Ele envolve a mentira em fragmentos de verdade, engana, mas não permanentemente.

Deus aproxima-se e o casal esconde-se.

Deus vem.
Os pés de Deus que caminha no Éden, os pés do Criador, que a pecadora banhará com as suas lágrimas, encherá de perfume e enxugará com os seus cabelos, estes pés de Filho ressuscitado que vai subir à direita do Pai, que as mulheres estreitarão: “Elas aproximaram-se, estreitaram-lhe os seus pés e prostraram-se perante ele” (Mt 28,9).

Deus que tudo sabe, incluindo onde eles se escondem, chama:
“Onde estás Adão?” (Gn 2,9)

Onde estamos nós, agora que chegou a nossa vez?

As mais belas histórias de amor da Bíblia Jacqueline Dauxois, Âmbar

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Eu quero reparar o que o meu irmão destruiu.

No século XVIII, o leigo António Pires Corcas, antigo estudante de Direito na Universidade de Salamanca, com outros 11 leigos e 5 sacerdotes, fundou o hospício de Nossa Senhora de Balsamão e, com este grupo, iniciou-se a partir de 12 de Abril de 1740 a Congregação de Nossa Senhora de Balsamão, a quem fica a ser confiada a guarda do Santuário e a assistência aos peregrinos, vivendo em regime de estrita austeridade.

Desejosos ainda de mais perfeição, os eremitas recebem de braços abertos o religioso polaco Padre Frei Casimiro de S. José Wyszyński, que vem implantar em Portugal a Ordem dos Marianos da Imaculada Conceição da Beatíssima Virgem Maria, a primeira Ordem Religiosa masculina fundada na Igreja em honra de tal mistério pelo Servo de Deus Padre Estanislau de Jesus Maria Papczyński, em 1673, na Polónia.

O Frei Casimiro por ter praticado as virtudes teologais, Fé, Esperança, e Caridade, quer para com Deus quer para com o próximo, bem como as cardeais, Prudência, Justiça, Temperança e Fortaleza, e suas anexas, em grau heróico, no caso e para o efeito de que se trata, é assim nestes termos proposta a sua beatificação.

O servo de Deus e devoto Mariano que se propôs reparar o que o seu irmão destruiu, é proposto para subir à devoção dos altares, processo iniciado em 1763, e que está aberto à participação dos fiéis através de uma novena de oração para pedir uma graça, cuja relato de cura possa contribuir para este processo.



http://marianos.pt.vu/