domingo, 27 de maio de 2007

O fim do encantamento?

Recomendo vivamente a leitura deste texto de Octávio Carmo:

O actual Papa, de facto, é menos decifrável para o mundo mediático de hoje: para além do carisma ligado ao lugar que ocupa, ele destaca-se por oferecer orientação num mundo perdido na "ditadura do relativismo" que tanto condena, apresentando um programa coerente e uma capacidade intelectual acima de qualquer suspeita. Estes ingredientes não bastam, ainda assim, para fazer dele uma figura apetecível.


Joseph Ratzinger não foi eleito pelos Cardeais da Igreja Católica para ser líder de audiências ou ganhar pontos em sondagens de popularidade. Mais do que procurar saber se é um "Papa europeu", um "Papa invisível" ou um "Papa das surpresas", os observadores começam a perceber que estamos na presença de um líder espiritual, que leva a sério a sua missão nesse âmbito, um mestre da fé.


Uma Igreja de carismas.

Da primeira Carta aos Coríntios, realço a seguinte passagem:

"...há diversos modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito, para proveito comum."

A Igreja é um só corpo, cuja cabeça é Cristo. Corpo constituído por muitos membros cada um agindo segundo o seu dom: todos são precisos.


Na homilia de hoje, o padre, dissertou sobre este serviço à Igreja, como cada um pode colocar o seu carisma ao serviço de todos e como todos são importantes e revestidos da mesma dignidade.

Uma lição que só se aprende com humildade. Que o Espírito Santo nos ilumine.

sábado, 26 de maio de 2007

Uma variável esotérica...

Numa outra dimensão da blogoesfera, um lado obscuro meu se manifesta, por direito (e obrigação) de estar zangado com as autoridades temporais que governam este mundo no qual estou de passagem.

Aí no meio de uma discussão sobre o papel do ensino: se deve ou não formar cidadãos autónomos, empresários, combatendo a mentalidade de cidadãos empregados, surge uma ideia:

Um dos autores, após um comentário meu, propõe incluir numa fórmula, a variável “amor”. Espanta-se com esta descoberta.

Espanto-me também eu com essa descoberta. Como podemos fazer chegar a estas pessoas Aquele, que sendo todo Ele bondade e caridade, se deu a revelar para nossa salvação?

Se o amor não faz parte das equações da nossa vida, como podemos evangelizar?

Gritemos pois o amor aos quatro ventos, embora eu precise de continuar zangado (noutra dimensão, que não confirmo nem desminto).

domingo, 20 de maio de 2007

Descer à nossa consciência.

Julgamos o mundo (e os outros) com a autoridade dos conhecimentos de que estamos certos possuir. As nossas convicções transformam-se em armas de acusação. Batemos no peito, perante as faltas que decidimos assumir.

Não vos compete saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou com a sua autoridade. (Act. 1,7)

Encaremos pois com humildade todo este mistério que nos está reservado, atentos à sua revelação e ao crescimento da nossa fé.

No mínimo compete-nos estar preparados.

domingo, 13 de maio de 2007

A luz do Cordeiro

Hoje a segunda leitura, do livro do Apocalipse, fala-nos de uma Igreja sem templo, para além do templo.

De uma Igreja que não precisa da luz do sol ou da lua, porque uma luz mais forte a ilumina: a luz que emana do Cordeiro.


São o prenúncio da vinda do Espírito Santo: "...o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, esse é que vos ensinará tudo, e há-de recordar-vos tudo o que Eu vos disse." (JO 14,26)


segunda-feira, 7 de maio de 2007

XIII congresso da LOC/MTC

Estamos todos convocados para este XIII Congresso Nacional da LOC/MTC em Setúbal, a juntarmos as nossas vozes e gritarmos bem alto pela valorização do trabalho e dignificação da pessoa:

  • Dia 8 - Festa de Convívio, Largo da Fonte Nova, Setúbal, pelas 21:30.

  • Dia 9 - Celebração da Eucaristia, presidida por D. Gilberto, Bispo da Diocese de Setúbal, pelas 16:30



  • Visite o blog do congresso. Divulgue!

    domingo, 6 de maio de 2007

    Tempo de Maria

    O Senhor elegeu uma humilde virgem camponesa e elevou-a a ser aquela que daria a natureza humana sem pecado à Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, para que pudesse tornar-se nosso salvador.

    Um Concílio Ecuménico definiu Maria como Theotokos, mãe de Deus. Ela não criou Deus.

    Foi necessário para a nossa salvação que Jesus fosse tão plenamente humano como divino: duas naturezas numa só pessoa, a de Deus-Filho.
    Se Maria é a fonte da sua natureza, ela é a mãe de Jesus. Se ela é a mãe de Jesus, ela é a mãe de Deus.

    Tudo isto é a garantia da nossa salvação.

    Maria é a nossa “Mãe” porque se nós damos testemunho de Jesus e guardamos os seus mandamentos, então espiritualmente Maria é a nossa mãe.
    S. João relata que quando Maria estava em plena agonia ao pé da cruz, Jesus viu a sua mãe e o discípulo que amava e disse-lhe: “Mulher, eis aí o teu filho!” Depois disse ao discípulo : “Eis aí a tua mãe! E a partir desse momento o discípulo recebeu-a em sua casa”.
    Baseando-se nesta passagem, a Igreja Católica ensina que a oferta que o Senhor fez de Maria “ao discípulo amado” era uma prefiguração deste mesmo dom de Maria a todos os seus discípulos amados.
    Cada um de nós é um discípulo amado e como João, tem que a receber em sua casa como sua mãe.

    Maria é um precioso presente do Senhor, alguém que nos ama, nos cuida e reza por nós com coração de mãe. Maria é uma pessoa a quem abraçar com todo o nosso coração.
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    in "Todos os caminhos vão dar a Roma" Scott e Kimberley Hahn, DIEL