terça-feira, 24 de junho de 2008

"nós perdoamos"

Na oração do Pai Nosso, segundo a versão de S. Lucas, na segunda parte, dedicada às petições, surge-nos um “nós perdoamos”.
Estamos perante uma passagem em que Cristo ensina os seus discípulos a orar. Ele expõe a sua intimidade com o Pai, revelando-nos a oração que inaugura uma (nova) relação de familiaridade com o Deus Pai. Cristo ensina-nos que nas nossas orações, devemos começar por evocar o Senhor, por bendizer o Seu nome e invocar o seu Reino, esse o verdadeiro caminho para a nossa salvação.
Na segunda parte, aquela em que directamente estabelecemos uma relação pessoal com Deus, um Deus que nos atende, a quem submetemos as nossas petições. O que Jesus Cristo nos ensina é que da nossa parte, da nossa disponibilidade, basta um “nós perdoamos”. A nossa relação directa com este Deus pessoal deve ser um acto de amor, de abnegação e entrega ao próximo. De reconhecimento das nossas fraquezas e tolerância para com as fraquezas dos outros.
O “nós” que perdoa é o obreiro desta relação com o Deus Pai. Ela começa com o Cristo que vem até nós, no nosso irmão prostrado, excluído, marginalizado, doente ou necessitado. E cresce em direcção ao Pai, com esta predisposição, esta entrega a um amor universal, um amor que só pode vir d’Ele.
Curvemo-nos, pois, perante o Seu Mistério.

domingo, 1 de junho de 2008

Salvos pela Vitima de propiciação.

Moisés deixou-nos claro o caminho para a nossa salvação:
“…cuidareis de praticar todos os preceitos e todas as leis que hoje vos proponho.” Dt 11,32

São Paulo, introduz-nos o papel de Cristo como a vítima da propiciação dos nossos pecados num só acto, o último dos sacrifícios foi realizado com o sangue do filho de Deus (nenhum outro lhe poderá igualar).
“Porque julgamos que o homem é justificado pela fé, sem as observâncias da lei.” Rm 3,28

Mas Cristo, que não veio para negar a lei, alerta-nos contra o caminho da iniquidade, e deixa-nos esta preciosa catequese:
“Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” Mt 7, 21

Seremos nós o homem prudente de que nos fala o Evangelho de hoje?


(mais sobre a propiação)