Afirma o padre Abbé Pierre. Com efeito se Deus se revelasse na sua plenitude, não precisaríamos mais de ter fé. Estaríamos “condenados” a amá-lo! Seria como se Deus satisfizesse uma necessidade pessoal: a de ter o nosso amor incondicional.
Mas escutemos ainda Abbé Pierre:
Foi por isso que Ele preferiu criar-nos, ocultando-se de nós. Não podemos conhecê-lo senão de modo indirecto. É esta parte de obscuridade que necessita da fé.
Toda a grandeza do homem é poder amar a Deus na fé, sem lhe tocar, sem o ver e sem o conhecer directamente. Então a sua liberdade é total.
A força que este Deus, que se deu a revelar, nos confere é esta lógica subtil, aparentemente frágil, mas tão consistente, que somos capazes de descortinar quando estudamos os assuntos do seu Mistério.
Fascínio máximo, por não ser estática e permanentemente se renovar em nós!
in Porquê, Meu Deus? Edições D. Quixote