domingo, 25 de novembro de 2007

O trono

“Se és o rei dos Judeus, salva-Te a Ti mesmo” grita um dos malfeitores. Quantos de nós nos aproximamos de Jesus para lhe gritar o mesmo? Lhe exigirmos que nos acuda nos momentos de aflição?

Indiferentes a este Rei que assumiu o seu trono na Cruz e que desse trono jorrou o sangue da redenção. Quantos tronos se colocam assim ao serviço do seu povo?

Do ladrão, de cujo nome a história não guardou memória, saiu o grito que todos nós temos por vezes que reprimir, ele representa a nossa consciência nos momentos em que a nossa fé vacila, em que nos colocamos em primeiro lugar.

O trono do verdadeiro Senhor tinha que ser um lugar de despojamento e de entrega.

domingo, 18 de novembro de 2007

As mãos de Caim

Num santuário Xintoísta na cidade de Nara, Japão, uma mãe ensina o filho a juntar as mãos em prece em ogamu. A criança olha para o pai em busca de uma explicação, mas este rapidamente o devolve à mãe: a tua mãe explica-te.

O padre Juan Mesiá Claval, que nos conta esta história de iniciação aos ritos religiosos Japoneses, continua.

De visita a um templo Budista, o monge que os recebe exorta-os a saudar o seu Buda, com o vosso ámen. Sendo o Buda a iluminação máxima, ele entende todas as línguas, culturas e religiões; ele entende todos os homens.

O monge lançou ainda um desafio, que à boa maneira oriental propõe antes de mais uma reflexão: nós acreditamos que podemos encontrar Deus dentro de nós, porque primeiro Ele nos envolve; não será isso também um conceito Cristão?

Mais tarde, após terminado o encontro das Religiões pela Paz, o mesmo monge propõe ainda a seguinte reflexão: As mãos que se unem em prece e saúdam o dom divino da vida, são as mãos que lavram a terra (numa alusão ao Xintoísmo) e fazem crescer o sustento do corpo. Creio que no vosso Génesis podemos encontrar estes conceitos.

Sem dúvida, respondeu o padre Mesiá, mas para que não demos o assunto por encerrado, convém acrescentar que essas são também as mãos de Caim. As mãos que matam, que são instrumento do ódio e da inveja.

O monge deixou-se rir e rematou: sabe o que realmente os Budistas e os Cristãos têm em comum? Vocês defendem a caridade e nós a compaixão… mas, nem vocês praticam a caridade, nem nós a compaixão!


(colóquio Cristianismo no Japão, Fátima 17-11-07)

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

O papel de Tomé

Qual o papel de São Tomé, o Apóstolo, na economia da Salvação?

"Mais nos serviu para a nossa fé, diz S. Gregório Magno, a incredulidade de Tomé do que a fé dos discípulos fiéis"

Pois deste modo foi possível concluir: Felizes os que acreditamos sem ter visto, só em virtude da palavra dos que viram!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

O trepador de sicómoros

Quantos de nós corremos à frente das circunstâncias para apanharmos o melhor lugar? Quantos de nós, nos predispomos a empoleirar numa árvore para alcançarmos o que pretendemos? Para vencer a nossa pequenês.

Da reflexão proposta para esta passagem (1), que nos fala da gratuidade do amor de Deus, lê-se, não ser o arrependimento que nos estimula ao amor de Deus, mas sim o amor de Deus que nos leva ao arrependimento.

Mais do que Zaqueu que acedeu a esse amor e arrastou consigo a sua salvação, pensemos na multidão que fez correr Zaqueu.

Quanto do expediente a que os outros recorrem é nossa culpa? A quantas árvores já os obrigámos a subir? Qual o nosso papel nessa multidão que torna Zaqueu pequeno, excluído e trepador de sicómoros?

(1) Liturgia Diária, Paulus

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Cristianismo no Japão

A Congregação do Verbo Divino em Portugal promove um Colóquio sobre o Cristianismo no Japão, nos dias 17 e 18 de Novembro de 2007, em Fátima.

O objectivo deste evento cultural é dar a conhecer o passado e o presente do cristianismo no Japão.
Após cinco séculos de presença cristã, numa população que actualmente ronda os 125 milhões de habitantes, a expressão cristã – católica não vai para além de um milhão de aderentes. Muitos se questionam pelas razões da adesão sóbria ao cristianismo, apesar da sua grande influência no campo da educação. Será, de facto, a especificidade universalista do cristianismo incompatível com a cultura e coesão nacional nipónica?

Encontramo-nos lá?

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

O fariseu e o publicano

O fariseu, também tinha o publicano presente nas suas orações: Olha Deus, para resumir o que tenho para Te dizer, eu sou melhor do que este aqui!

E nós, como colocamos os outros nas nossas orações?