domingo, 23 de março de 2008

O Cordeiro de Deus

Estava ao seu alcance salvar-nos, com uma só palavra, Ele a quem toda a Criação se submete.

Mas não era pelo seu poder que nos queria salvar, não por algo que nos transcendesse, que estivesse fora do nosso alcance, mas sim pela nossa condição. E por isso se fez homem.

Para que a nossa compreensão fosse plena.

Se submeteu aos equívocos dos homens: “Não escrevas 'O Rei dos Judeus', mas sim o que ele disse: 'Eu sou o Rei dos judeus'”. (Jo 18, 21)

E na Cruz exalou o seu último suspiro, levando consigo todas as nossas dúvidas. Ressuscitou ao terceiro dia.

Ele que disse a Pilatos: “Tu não terias autoridade alguma sobre mim, se ela não te fosse dada do alto.” (Jo 18, 11) Foi Verbo encarnado e mostrou que à mais humilde das suas criaturas é possível a sua Paixão. (Este não é um Deus para elites, acessível apenas aos que atingem determinado nível ou estágio de iluminação)
Este é o Deus do despojamento e do amor, que nos enviou o seu Filho para testemunharmos a nossa salvação. Sigamo-Lo.

3 comentários:

Blondewithaphd disse...

E porque é que demoraste tanto tempo a mostrares-me este lado?

E porquê as tuas dúvidas?

Lembras-te de Nicodemos? Acaso escondes-te?

Eu sofri o teu lado profano? Quando?

Depois de um intróito destes, obrigada pelo convite! Tocaste no meu ponto fraco, que é, aliás, o mais forte! Talvez descubras um outro lado ignoto da Blonde!
Mas não me venhas com clichés feitos e mastigados sobre Religião porque não os suporto. Não dei a volta ao mundo em busca de Deus para debater e confrontar-me com a acefalia engurgitada da Religião recebida na passividade.
A Religião tem de ser assertiva porque Jesus foi o Homem mais assertivo e de espírito mais inquieto que jamais Se dignou caminhar sobre a Terra.
Se assim for talvez nos encontremos aqui mais vezes.

antonio disse...

Nicodemos, era cauteloso, mas não fugiu deixando Cristo na Cruz.

Não foram os seus apóstolos que lhe deram sepultura.

Muito havia a escrever sobre o papel de Nicodemos e de Pilatos na Paixão de Cristo.

Eu sou mais como o fariseu, que tinha o publicano presente nas suas orações: Olha Deus, para resumir o que tenho para Te dizer, eu sou melhor do que este aqui!

Por vezes neste espaço, me comporto assim, falando como se alguém me tivesse dado uma cátedra, que seguramente não mereço, quando realmente o que importa é como colocamos os outros nas nossas orações.

Ver para crer disse...

Deus criou-nos livres e não nos quer tirar esse dom. Para que por ele mostremos ou não o nosso amor.
A salvação depende disso mesmo.