Temos que ser os salvadores do mundo e não os seus sofredores.
Esta foi uma das mensagens que escutei nas Jornadas Missionárias. Sempre que participo num destes encontros, escuto palavras de entusiasmo, de abertura e de anti-conformismo.
Escuto padres, Bispos e académicos alertarem para a necessidade de uma pastoral de preposição, por oposição à pastoral da inculcação; fala-se de uma igreja para além dos sacramentos, uma igreja verdadeiramente missionária ao serviço da caridade e do anúncio da Palavra.
Mas depois regresso à minha paróquia... hoje já não me desiludo, mas guardo a experiência colhida para mim, pois nada mais posso fazer com ela.
O Prof. Juan Ambrósio recordou-nos uma máxima pagã: Não acredito nos Cristãos porque eles não têm cara de gente salva.
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9 comentários:
António,
Sinto-te com algum desânimo… ou é impressão minha?! Onde é que está a garra que me passaste?!
Não serão muitas paróquias um pouco assim, como a tua?
António, António!!! “Ai de mim se não evangelizar!” lembra-te desta frase e lembra-te também da parábola dos talentos e do servo mau e preguiçoso. Eu sei que o que vai por esse mundo fora, até por essas paróquias fora, e como é difícil para um cristão dar testemunho da sua fé e como será visto de lado por aqueles que a não têm (já me aconteceu terem ficado na dúvida se sou católica ou de alguma outra religião ou seita), porque os das outras religiões não têm medo…
Isto para dizer que não se pode guardar só para nós o que de bom recebemos.
Puxando de um lado, empurrando de outro, é sempre possível ir fazendo alguma coisa. Eu penso que algum do mal está em se pensar que "assim já está bom, não é preciso ir mais além". Deste modo cai-se num marasmo do qual custará
sair sem gerar alguns conflitos. Uma pessoa sozinha não poderá fazer, de facto, grande coisa.
Mas pensa que a tua paróquia também podem ser todos e cada um com os quais te cruzas todos os dias, pessoal ou virtualmente, é com esses que deves agir como cristão (Santo António pregou aos peixes quando os homens não o quiseram ouvir). Sem medo de não ter cara de gente salva, há alturas de tudo, “o justo peca sete vezes ao dia”. Mas inconformista, sempre, porque este mundo pede bons exemplos e precisa de pessoas actuantes que não tenham medo de ser voz de Deus.
Porque dizes, e dizes muito bem:
“Temos que ser os salvadores do mundo e não os seus sofredores.”
Com efeito muito do discurso da paróquia vocacional, da pastoral da preposição é pregar aos peixes.
Entre o conformista e o justo espero estar mais próximo do último. Mas pergunto: como agir quando os outros não estão para aí virados, seguros também de que estão certos? Não desistir não chega...
Guardas a experiência para ti???
Aqui começa o mal, deves sempre partilhar! Mesmo que não te oiçam, mesmo que penses que não vale de nada!!! Vale sempre de alguma coisa!!!
É difícil mudar mentalidades, mas é necessário começar e continuar! É um trabalho difícil e que leva muito tempo... Mas, alguém tem que o fazer! Porque não começar por nós???
Muita força!
Um abraço amigo!
Sandra, acredita que não faço por egoismo, mas porque sinto que nem sempre as pessoas estãos dispostas a ouvir-nos.
Cristo, quando confrontado falava por parábolas. Ao não usar o discurso directo aumnetava a disponibilidade para O escutarem.
Sim,amigo António,
acredito que não seja por egoísmo e também sei que nem sempre as pessoas estão dispostas a ouvir!
É necessário descobrir formas de lhes chegar, de lhes falar... Jesus falava por parábolas que tinham a ver com a vida das pessoas! Nós temos que "inventar" a melhor forma de nos fazermos ouvir!
Não quero com isto dizer que é fácil, mas para Jesus também não foi, mesmo com parábolas...
É normal que quando chegamos de um encontro, cheios de entusiasmo, queiramos "mudar" tudo... Mas...
Temos que ter a calma de continuar a "pregar" mesmo que a início seja só para os "peixes". Há-de chegar o momento em que mais alguém vai ouvir!
Continua a "pregar", amigo António!
Um abraço amigo!
António!!
Força pa tiiiiiii!!
Convido-te a escrever uma carta por Darfur!
http://eu-estou aki.blogspot.com
bjts
Caro António
Percebo-te bem...
Mas temos de confiar que mais uma vez e sempre o Espírito Santo há-de guiar a Igreja que somos todos nós.
Abraço-te com amizade e compreensão em Cristo
Às vezes são as pessoas que menos esperas, as que te ouvem. Eu, por exemplo, que levo bem impressa na mente a tua frase inicial. Abanou-me e isso é bom, muito bom.
Ainda cá ando - e muito pela força que me deste, embora sem jeito. Talvez que precise mudar tudo. Começo hoje a entregar-Lhe a mimha incapacidade mas também esta minha vontade agora mais forte.
Obrigada por isso e um abraço.
Ele é o dono da messe, quem chama, Senhor único da sua obra.
Nós somos os seus caminhantes. Obrigado pelas vossas palavras.
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